quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tabaco é responsável por mais mortes por doença crônica no Brasil do que média mundial

Oito em cada dez homens que morrem por doenças respiratórias crônicas são tabagistas

Duas notícias sobre cigarro agitaram os últimos dias. Primeiro, a notícia de que o governo vai fixar preço mínimo para o maço de cigarro, de acordo com a Medida Provisória 540. Depois, a divulgação da maior pesquisa da América Latina, com ênfase no Brasil sobre os impactos do álcool e fumo na saúde. O resultado é que bebedores regulares de álcool têm maiores riscos de câncer na boca, faringe, laringe e esôfago.
Junta-se a isso o fato de que, no Brasil, a participação do tabaco na mortalidade por doenças crônicas está acima da média mundial. Por isso, o Ministério da Saúde divulgou nota informando que apoia a medida do governo.
A prevenção da iniciação ao tabagismo entre jovens é, hoje, um dos maiores desafios nacionais a serem enfrentados no âmbito da Política Nacional de Controle do Tabaco. Certamente, esse esforço representa um dos passos mais importantes do governo, nesse sentido.
Mortalidade
Entre os brasileiros, a participação do tabagismo na mortalidade por doenças respiratórias crônica está acima da média mundial: oito em cada dez homens que morrem por esses males são tabagistas. Entre as mulheres, são seis óbitos a cada dez. A média mundial é de cinco em cada dez óbitos entre os homens e dois em cada dez entre as mulheres.
Além disso, um milhão de fumantes brasileiros, de ambos os sexos, jovens e idosos, convivem com alguma doença respiratória crônica associada ao ato de fumar.
O estudo revelou que os fumantes a partir dos 30 anos, grupo que pode ser diagnosticado com doenças respiratórias crônicas dentro do recorte estudado, sofrem 40% mais com essas doenças quando comparados aos não-fumantes.
Doenças crônicas
O hábito de fumar é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer  e as enfermidades respiratórias. Por isso, medidas como o aumento na tributação sobre o cigarro são uma resposta brasileira no enfrentamento a um problema mundial, que estará em debate na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), neste mês de setembro,  em Nova Iorque (EUA).
O Plano, que será implantado nos próximos dez anos, prevê uma série de medidas para reduzir as internações e mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis, além de promover ações para que os brasileiros tenham uma vida mais saudável. No Brasil, essas doenças são a principal causa de morte, concentrando 67,3% do total de óbitos em 2007. Entre elas, as que mais matam são as doenças cardiovasculares (29,4%), o câncer (15,1%) e as doenças respiratórias crônicas (5,6%).


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