Os gastos com a obra serão de inteira responsabilidade da Sabesp
No dia 14 último, o prefeito Cesar Perucio e a superintendência da Sabesp bateram o martelo e decidiram que a pavimentação da rua São Pedro terá início já no próximo mês de outubro.
Há quem argumente que deve-se preservar a rua mais movimentada da cidade, a São Pedro, em paralelepípedo como patrimônio histórico enfatizando que por ela passavam as tropas vindas de Viamão - Rio Grande do Sul, rumo a Sorocaba, e outros que defendem a modernização com a substituição por malha asfáltica.
A verdade é que as tropas não passam mais e há muitos anos, e quando estas passavam a rua São Pedro não era calçada e sim em terra pura. Se fosse calçada na época, os animais não iriam parar de pé, pois devido ao uso de ferraduras o contato com as pedras lisas dificultaria sobremaneira o equilíbrio do animal.
Existem ainda pessoas que sem nenhum conhecimento do projeto alegam que com o asfaltamento, a rua se tornará impermeável às águas das chuvas mas, como consta no projeto, serão implantadas tubulações para captação e construídas bocas de lobo e somando-se com as que já existem, serão suficientes para captar as águas das enxurradas.
Devemos preservar sim a história mas, não que para isso tenhamos que submeter a população a um retrocesso sem fim. Histórias são guardadas em museu, fotos e filmes.
Nada impede que se preserve apenas uma quadra em paralelepípedo em um local de menos movimento, bem arrumado com postes de iluminação especiais nas calçadas, jardinamento, bancos para descanso e belas calçadas. Um local para e um cenário para fotografias realmente mas, somente após substituir todas as ruas que hoje são calçadas com paralelepípedos, pois a rua São Pedro representa apenas uma pequena parte do calçamento deste tipo existente na cidade.
Temos que olhar para frente, avançar e estar sintonizados com o futuro, com a modernidade.
Além disso o Paralelepípedo provoca o desconforto para senhoras que ao transitar sobre ele com sapato de salto, com freqüência enrosca em suas fendas podendo provocar acidentes sem contar o prejuízo e constrangimento; a qualquer neblina ou garoa se torna incrivelmente escorregadio, contribuindo sobremaneira para acidentes pois as frenagens passam a ser ineficientes, além de ser um dos principais colaboradores por acidentes de motos e de ciclistas nesses períodos.
Além de todas essas desvantagens, o paralelepípedo ainda por mais que tenha um trabalho de manutenção permanente, constantemente está em desnível contribuindo e muito para danificar os veículos principalmente pivôs, embuchamentos, borrachas, amortecedores, sistema de direção, carrocerias e desgastes de pneus.
Por tudo isso, a população se posiciona a favor da pavimentação em asfalto. Em enquete realizada pelo site Itararé Online, a maioria se manifestou favorável a substituição.
É bom deixar claro que o município não estará investindo qualquer recurso que poderia ser direcionado para a pavimentação de ruas sem este benefício nas vilas, mas é um cumprimento de cláusula contratual que existe entre a SABESP e o município, onde os custos da obra serão de inteira responsabilidade da estatal.